
07 de Abril de 2022
O impacto da adoção da telemedicina
A telemedicina, também chamada de telessaúde, é considerada um dos avanços mais promissores na área de assistência médica nos últimos anos. Graças aos avanços tecnológicos, tornou-se possível realizar atendimentos de rotina, consultas médicas virtuais, leituras de sinais vitais a distância e prescrição remota de medicamentos, por exemplo.
Com a pandemia de Covid-19, a telemedicina tornou-se a alternativa ideal para reduzir os riscos de contaminação sem interromper a assistência médica.
Segundo a pesquisa “Percepção dos médicos sobre o atual momento da pandemia de Covid-19 – segmento Telemedicina”, realizada pela Associação Paulista de Medicina (APM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), metade dos médicos passaram a realizar atendimento a distância.
Os resultados mostram que 32,1% dos participantes apontaram realizar, por conta da pandemia, teleconsulta; 25,5% teleorientação; telemonitoramento 9,7%; e teleinterconsulta 4%.
Já 6,2% indicaram praticar todas as opções anteriores. Por outro lado, 51% dos médicos indicaram não optar por atendimentos e interações via telemedicina.
Entre os médicos que optaram por esta modalidade, 8,5% atendem apenas quem já viram pessoalmente e que tenham suspeita ou confirmação de Covid-19. Já 24,5% atendem apenas os pacientes antigos, com outras condições clínicas.
Outros 24,7% atendem qualquer paciente, mas com suspeita ou confirmação de Covid-19. Ao passo que 42,3% atendem a todos, mesmo que não estejam com condições relacionadas ao coronavírus.
Vantagens e desvantagens da telemedicina
Nesse período desde o início da pandemia, quando a iniciativa passou a ser amplamente adotada no Brasil, foi possível perceber que a telemedicina ajuda a transpor barreiras para o paciente, solucionando problemas como dificuldade de locomoção ou longas distâncias até a clínica, hospital ou consultório, por exemplo.
Além disso, é possível melhorar o fornecimento dos serviços, seja diminuindo a carência de profissionais disponíveis para atendimento ou reduzindo significativamente o tempo de espera para uma consulta.
À medida que as ferramentas tecnológicas evoluem, o cuidado médico também ganhará mais descentralização, com modelos dedicados ao cuidado domiciliar e diminuindo hospitalizações, bem como custos desnecessários.
Por outro lado, algumas limitações e desafios do formato incluem a dificuldade de realização de um exame físico completo, a dificuldade em criar um vínculo com o paciente e a fragmentação do cuidado, que poderá ser dividido em vários profissionais.
De acordo com a pesquisa citada anteriormente, é possível notar as divergências entre os profissionais da saúde com relação ao tema, já que ainda não há uma regulamentação.
Entre os desafios do serviço, está o fato de que estabelecer um programa de atendimento remoto requer que uma clínica, hospital ou consultório médico invistam em equipamentos de vídeo, dispositivos de monitoramento de pacientes, suporte técnico e aplicativos de software.
Com relação à regulamentação definitiva desse serviço, a maioria dos médicos afirmou que a experiência durante a pandemia é válida, mas ainda há a necessidade de discussão entre a classe.
Para 25,7% dos entrevistados, a prática vivida nesse momento é suficiente para a produção de um regramento definitivo, enquanto 19,5% indicaram que a experiência atual é muito específica e não pode ser usada como base para normatização.
Por outro lado, 10,5% acreditam que a modalidade não deve ser regulamentada. Em geral, a expectativa é de que, ainda este ano, seja criada uma lei tornando a telemedicina e a teleconsulta definitivamente legais, pois a teleorientação, telemonitoramento e outras modalidades já eram previstas.
O debate sobre as aplicações, vantagens e desvantagens da telemedicina é cada vez mais presente na sociedade. Para isso, é preciso contar com empresas comprometidas a entregar um serviço tecnológico de qualidade para os médicos e pacientes.
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